quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Ausência
Seu silêncio grita, sua ausência é tão presente e eu sou tão sua! Queria poder te dizer todos os dias, o quão gosto do sorriso que ele possuí e o quão sou egoísta em relação à ele. Dizer que dói, falar de mim, deixou de fazer sentido e falar dele, me parece longe, distante o bastante para que eu não possa alcançar. Aos poucos eu desisti! Desisti querendo ficar, fui embora implorando por dentro que ele me pedisse mais dez minutos, que ele me ligasse bêbado repetindo inúmeras vezes amar só a mim. Digo aos quatro cantos que desisti, que não me importa mais, que eu não transbordei de ciúmes quando o vi beijando outra com aquela bermuda azul marinho da primeira vez que ele deitou no meu sofá, digo que não sinto saudade, mas ainda durmo com o celular debaixo do travesseiro esperando um boa noite, que nunca chega. Escrevo textos e mais textos que não passam de rascunhos, por medo de mais uma vez, ter apenas o silêncio como resposta de uma paixão desenfreada. Eu tenho medo dele, mas o quero tanto. Conheço pessoas novas, mas elas me lembram as velhas lembranças, o cheiro de Malbec, os cabelos molhados, os sussurros, as manias, os pés engraçados, as tentativas pouco positivas de se afastar de mim. É inevitável, é inesgotável, é chato, é inconsequente e mais forte do que eu. Tentei outros abraços, outras respirações, outros beijos, outros cheiros, mas de novo vem fumaça, cheiro de Malbec, essência, olhos pequenos, cabelo molhado, aparelho nos dentes, dedos tortos, cheiro na roupa.. Vem a saudade dele, vem ele nas lembranças e a saudade de quem nós éramos, de quem ele foi. O seu silêncio me mata, a sua presença me cega e a saudade me destrói!
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