Espero que um dia você venha e fique. Fique só por dez minutos, só para me ouvir falar as mesmas asneiras de sempre. Fique só para que eu possa chorar nos teus braços como nos nossos velhos e belos tempos. Que venha e que fique só pelo prazer de estar aqui do meu ladinho num dia de chuva fraca e trovões fortes, só pela vontade de ver meus olhos pequenos sorrindo para os seus, mesmo quando os meus lábios se calam. Tenho a esperança de que, você vai chegar num belo dia nublado e trará o Sol consigo, dentro da boca, disfarçado num sorriso. Imagino todos os dias, há meses, você chegando cheio de saudade disfarçada em orgulho e eu te recebendo de braços abertos mesmo quando estou de braços cruzados. Misturo lembranças do futuro com as do passado e nem mesmo sei se isso é possível, nem eu com toda a minha espiritualidade e boa vontade posso te fazer voltar, te fazer entender, te fazer ouvir, calar e aceitar. Você é tão cheio de vontades e eu tão cheia de você. Sou o resto: o resto de nós, mesmo que, viva cheia de outro por aqui. Sou uma saudade mastigada e engolida, que para na garganta sempre que vai ser cuspida. A vida continuou sem você, andou, correu, voou e eu cresci, diminui, sofri, morri e renasci todas as manhãs depois de morrer um pouquinho a cada noite, lembrando detalhadamente de cada coisa que ainda não aconteceu. Você foi e eu fiquei. Meus dias passam e tudo ganha vida, menos eu! Parece que existem vários tipos de amor e você, fez o seu aqui dentro de mim. Nada que uma dose de saudade não resolva, nada que as lembranças não curem, nada que você não possa suprir. Cada dia é uma nova luta interna, a minha felicidade atual é tão pesada, parece que falto algo, falta alguém... Falta você! Mas eu tenho esperanças e eu te espero e te invento e tento concertar meus erros. Às vezes, me perdoou por mim e por você, só para ter o prazer e a satisfação de estar tudo bem de novo... Pelo menos aqui dentro de mim.
É que tudo é amor, até deixar de ser e você, fez morada por aqui. Talvez entre uma esquina e outra, eu te veja de longe e te deseje mais perto. Talvez entre uma estação e outra, entre uma linha de metrô e aquela lá, eu te esbarre e te sorria e assim, você me sorria de volta. Meu Sol particular.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
sábado, 8 de março de 2014
Morte x Saudade
Sentir saudade é pior do que morrer.
Morrer é tão certo.
Morrer é ter a certeza de que você viveu o que tinha que viver.
Morrer é ter a certeza de que você viveu o que tinha que viver.
Morrer é chegar ao fim.
Morrer é se entregar a Deus.
Morrer é viver, mesmo sem você saber.
Morrer dói.
Morrer passa.
Morrer deixa saudade...
E
Saudade é sofrer.
Saudade é querer voltar no tempo.
Saudade é a vontade de voltar e não poder.
Saudade é aquilo que você tem do que não vai mais voltar.
Saudade é isso que aperta o peito e te deixa sem dormir.
Saudade é um beijo na chuva, uma noite no sofá, café quente e sexo bom.
Saudade é aquele cara que veio, marcou sua vida e foi embora.
Saudade é sexo no carro, no chuveiro, na garagem.
Saudade é um cigarro acesso e depois apagado.
Saudade é dormir de conchinha.
Saudade é o cheiro bom no seu travesseiro.
Saudade é isso que te devasta, te deixa na cama, tira sua vontade de viver.
Saudade é ter forças para levantar da cama, sorrir e continuar.
Saudade é uma navalha atravessando o seu peito.
Saudade é o que você sente quando perdeu alguém para a vida...E não para a morte!
Saudade é diferente de morrer.
A morte, você supera.
A saudade, você guarda.
A morte, vira lembranças.
A saudade, vira tormentar.
Morrer gera a saudade... Mas a saudade nunca gera a morte.
Morrer dói, mas morrer de saudade corrói.
Morrer. Viver com saudade. Morre de saudade. Viver com a morte.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Esse não seria pra você... Agora é!
Sou saudade.
Sim, sou a maior prova que a saudade pode enlouquecer o ser humano.
Meus pulmões não carregam ar e sim, saudade.
Da minha boca não saem palavras e sim, mais saudade.
Os meus olhos não enxergam nada, só saudade.
E ai, eu sofro e choro e quase morro todas as noites.
A saudade vai mudando de nome, fazendo o coração apertar.
Vira angústia, dor, estado de espírito.
Ai eu não durmo, fico rodando na cama, olhando o celular e tentando esquecer o número do tal.
A saudade cria nome, idade, rg, endereço, uma namorada, um rosto com olhos lindos e uma vida feita.
E eu... Só saudade!
De saudade, eu viro tristeza.
E o tal vivi.
E eu morro.
E ele namora.
Eu no enrolo.
Ele sorriso.
Eu choro.
Ele amor.
Eu dor.
E eu viro saudade.
vivo saudade.
Morro dor.
Renascendo o amor.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
E hoje é só
Os mesmos caras de sempre, as mesmas manias chatas, mesmas festas, mesmos amigos, mesmos caminhos. A tal da mesma rotina. Todos os dias é a mesma coisa, aquela coisa de acordar e pensar: "Droga, hoje é segunda feira", levantar da cama, colocar a primeira roupa e sair de casa. Um ônibus, um metrô, um trem, outro ônibus e de novo, as mesmas pessoas.
De vez em quando, tem um almoço com o novo namorado (que faz tudo por ela), ou um lanche com a melhor amiga em um shopping qualquer da Zona Sul, o mais perto, o mais rápido, o que tiver ao seu alcance... Sei lá! É tudo tão igual. Vai no shopping e tem lá, as mesmas roupas, novas tendências, só que velhas. Novas calças, parecidas com as antigas, novas blusas exatamente iguais as que ela já tem no armário. Tudo se repete.
E ai, ela briga com o namorado e que droga, ele usa argumentos que outros, há anos atrás usaram. Caralho, não tem um cara que aceite a merda do short jeans curto que ela tanto ama. E tem dia que ela se acha gorda, dia que se acha magra e coloca salto, tira salto, coloca sapatilha, um tênis, uma bota. "Droga, droga, droga, engordei 10 kilos e nada me serve, nada me cabe!". E torna a comer mais 3 brigadeiros, gritando consigo mesma dentro da própria cabeça.
Tá cansada, saturada, desajeitada, gorda e é problemática. Anos de terapia e o quê? NADA! Cara, não sobrou mais nada, ela tem amigos que já morreram e continua fumando um cigarro atrás do outro, usa sempre a mesma frase: "Se o nervosismo bate, por que não um light?!" e fuma um, dois, três e nada...
Continua gorda, sem saúde, sedentária, com um namorado perfeito, que bem... Não é tão perfeito assim.
Ela torna a pensar e ler um livro de romance e jura que já passou por um amor assim. Deixou de escrever por medo. Medo de quê? Medo dos sentimentos tonarem conta dela, da saudade, da precisão. Ela é o quê? Nada!
Anda se escondendo e vai pra academia, malha por horas e depois come três Big Mc's e ai, chora. Chora porque nada parece ser normal e aí vem mais terapia e caralho, nada passa. Porra, com toda a idade que tem, tendo talento de sobra, esbanjando inteligencia não tem garrafa de tequila que mantenha ela em cima do salto.
O celular fica 24 horas ligado e não tem ninguém, NINGUÉM que ligue não precisando dela, não querendo dela algo que ela nem se quer pode dar. Todo mundo quer sugar, quer uma, duas, três, milhões de coisas. Nem que seja uma filha exemplar, uma estudante perfeita, uma colaboradora impecável, uma namorada carinhosa, uma irmã companheira, uma amiga distante presente. Caralho, não dá!
Ela tá desesperada, chega ao ponto de gritar e falar milhões de palavrões e depois deitar e chorar, chorar até voltar a ter nove anos e não ter amiga que fique grávida, não ter menstruação atrasada, namorado grudento, amiga problemática, trabalho sistemático, planos para o futuro. Não quer contas a pagar e nem pagar faculdade ou academia ou as parcelas das aulas da Auto-Escola. Não quer ir pra festas acompanhada, aliás, ela nem quer ir pra festas. Não quer beber e nem fumar (só quando fica nervosa). Não quer fazer aquela social com a família nos dias domingo.
PORRA! Ela não quer nada. Quer descanso, quer paz, quer um cara normal, um terapeuta gato, alguém que lhe pague café sem lhe cobrar um boquete, que seja... Ela quer começar tudo de novo e não se tornar o que se tornou. É tarde demais pra voltar, só que ela... Caralho, ela ainda não se tocou e vivi, vaga (que seja) todos os dias pelos mesmos caminhos, com as mesmas pessoas, mesmos ideais, mesmas músicas boas e os velhos livros.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Ciclo Vicioso
Sofro, sofri, continuarei sofrendo. Por você, por sua ausência, pela sua presença, pela sua respiração, pela falta dela.Agonizo, agonizei, agonizarei.. Por você, por aquele sms simples que você me mandou há duas noites atrás, dizendo que me ama e que, se não vier atrás de mim, nada acontece.
Bobagem sua pensar isso, bobagem sua fazer desse jeito. Brincadeira sua, sumir da minha vida e voltar como fogo, como ar.
Você volta e eu sinto cada pêlo do meu corpo se arrepiar, minhas mãos tremem e até soam. É complicado. Pela miléssima vez, eu devia ter mandar ir embora quando você volta, com essas palavras repetidas. Eu devia não atender quando você me liga no seu horário de almoço, do seu trabalho tão medíocre quanto você, com aquela voz deliciosa de quem está cansado demais pra pensar em respostas longas e argumentativas.
Mas quem disse que eu consigo reagir depois do seu: "Alô?" e ainda mais, quem disse que eu consigo resistir, pensar, agir depois do seu: "I love you.". Poxa, você devia não voltar, ou melhor, você devia não ir. Você devia ficar, você devia implorar, de novo. Devia me chamar de Pokemón mais uma vez e me dizer, naquela risada gostosa: "Eu escolhi você!".
Lembro do seu rosto vermelho, depois de correr pra me ver, do seu abraço, do seu cheiro de garoto-propagando-do-Boticário. Caralho, fica, só dessa vez, fica. Ou vai, ou faz tudo isso parar, faz minha cabeça voltar pra o lugar, me faz não querer você. Tira essa merda dessa emoção que toma conta de mim quando você me manda um sms às 23 horas de uma sexta-feira, porque você não tá contente com à sua vida de merda, com à sua namorada de merda e com esse trabalho de merda que você diz, que te faz bem. Volta a pichar as paredes, à sentar no meu sofá, à me dedicar horas iguais.
Me dá vontade de gritar, de te mandar pra aquele lugar, pra o inferno, pra o raio que o partar por você atrapalhar qualquer ciclo perfeito, por você conseguir fuder com qualquer relacionamento que eu possa chegar à ter com alguém. Porque você é a minha perdição, o meu maior pecado capital e quando você aparece, não existe mais ninguém, só você!
Sei lá, eu sinto sua falta e exatamente quando eu me acostumo com a sua ausência, você me enche de presença. E ai, volta aquela velha história, a saudade do seu sorriso, do seu cheiro, da sua voz, da sua risada, das suas piadas, das sua brincadeiras.. Da sua singularidade. É que você é tão diferente de tudo e de todos que eu já conheci, é que você é tão perfeito quanto o príncipe encantado mais distante..
E eu sofro, sofri e ainda vou sofrer, porque essa é a sua essência, você vai ir mais uma vez, eu vou chorar, superar, te ""esquecer"" e ai, você volta, mais lindo, mais cheiroso, mais perfeito e mais princípe do que antes e tudo começará de novo. Você é, o meu ciclo vicioso e não querendo, eu gosto muito de você!
sábado, 1 de dezembro de 2012
Mesmo que em segredo
Eu nunca quis alguém controlando os meus passos, aliás, tenho tamanha certeza que nunca vou saber aonde eu estou indo, em qual direção seguir; Mas eu queria você me esperando no ponto de ônibus depois de um dia cansativo no trabalho, queria que você implicasse com os meus amigos, que me mordesse pra chamar me atenção, reclamasse da bagunça dos meus livros no meu quarto, me ligasse de manhã perguntando: "Mo, sabe aquela minha camiseta azul?! Ela tá ai?"; Queria seus beijos quando eu acordo e ao dormir também, queria te apresentar pra minha família e mais tarde, construir uma família do seu lado.
Faço planos e mais planos, sabendo que nunca irão se realizar, escondo sentimentos e desejos, e sinto que um dia, acaberei explodindo por dentro e só sobraram cacos, o que restou de tudo que eu sonhei com nós dois. Alimento a esperança de te ver com a barba pra fazer, me esperando chegar do trabalho sentado no sofá assistindo Chaves, depois reclamando do meu macarrão, me abraçando por trás e dizendo que me ama cada dia mais.
Digo que não, mas me entrego todos os dias mesmo quando você está longe e estou disposta a qualquer coisa pelo o seu sorriso, pela sua risada e suas piadas que você quase não percebe fazer. Você é os meus sorrisos. Você é a força avassaladora que tem o poder de acabar com anseio, qualquer dorzinha por menor que seja e isso se dá por todas as vezes que eu já te liguei chorando ou bêbada, ou louca por uma resposta positiva que aquele cara, que há meses atrás me disse que tinha coração de pedra, já pensou ou se enganou, estar apaixonado por mim. Eu preciso alimentar o meu ego e dá mais esperança pra esse coração bobo que te pertence sem medo nenhum, mesmo que em segredo!
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Existe amor em SP!
Deve ser o ar diurno paulista nos seus pulmões, a correria de uma estação à outra do metrô, o livro velho, que você lê como se fosse o maior lançamento do século no ônibus ou o café que você toma pela manhã, para recuperar o fôlego.
As novidades surgem e do nada, você se encontra em meio uma rua movimentada, com pessoas diversas, que te olham, sorriem e parecem te conhecer, mas não, ninguém te conhece. Logo, você está numa livraria com o melhor cheiro do mundo, com cheiro de páginas velhas e novas, se misturando como água e sal, cheiro de história, cheiro de aventura, cheiro de romance.
Você olha São Paulo movimentada em plena 9 horas da manhã, do sétimo andar, com o sol estalando no alto do céu e o vento beijando as árvores incansavelmente e ai, você descobre que o Criolo está completamente errado; Existe amor em SP, existe amor no Beco da Augusta, no MASP na Paulista, no Villa Lobos, no Ibirapuera, na Marginal Pinheiros, na 25 movimentada, na Sala São Paulo e na Praça da Sé.
Existe amor pelo o vento que beija a nossa pele, pelo o sol que nos dá bom dia, pelas ruas movimentadas que nos faz querer ter vida. Digo, repito, insisto e até grito, que se não existe amor em SP, eu não sei o que eu sinto quando saiu pelas ruas caminhando, cambaleando, tropeçando e respirando o ar leve, urbano e sofisticado que existe aqui. Se não existe amor, me diga, o que é que me faz permanecer aqui?
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