quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"Promete pra mim?


Não, melhor que não prometa, porque eu sei que se você prometer, eu vou me decepcionar de novo, mas eu espero que se lembre, não só de mim. Eu quero que você se lembre de quando nós pensávamos que existia um nós, eu quero que você se lembre do  nosso sofá. Que você se lembre das minhas mordidas dolorosas, dos meus selinhos demorados, dos meus sussurros poucos entendíveis, da minha mania constate de te encarar, mexer no cabelo, sorrir e abaixar o rosto. Eu quero que você se lembre da minha implicância absurda com o seu boné e do meu gosto parcialmente enorme pelo o seu cheiro. Quero que você lembre de todas as vezes que eu reclamei da sua mão gelada. E que você não esqueça do jeito como eu te aperto. E é melhor que não prometa, mas se você for prometer, prometa não esquecer das nossas discussões bobas e dos meus sms gigantescos em uma madrugada de sábado. E não esquece, não esquece das lágrimas e mais ainda, dos sorrisos, das nossas risadas, da nossa saudade, da nossa amizade. Deixa na sua mente o jeito como os meus dedos acariciavam o seu rosto e entrelaçavam seus cabelos. Guarda bem a minha imagem com a sua blusa de frio bem maior do que eu, guarda o som da minha risada ecoando nos seus pensamentos, minha voz irritante e as minhas besteiras constante. Tenta não esquecer da minha dificuldade com palavras com "r" e do meu bico quando algo não saía como planejado. Não que você prometa, mas caso prometer, não esquece das minhas crises de ciúmes, dos meus segredos e de todas as vezes em que eu omiti algo pra você. E por favor, se tiver na sua mente me prometer algo, me promete que não vai mais partir e que se partir, nunca mais vai voltar? Mas se for possível, digo, se você quiser, só me promete ficar, mas fica mesmo, fica perto, não me decepciona mais não. Tá machucando tanto."

domingo, 6 de novembro de 2011

"E todo o fim de semana,

você vê ela de salto alto, sorriso no rosto e copo na mão, em plena Rua Augusta rodeada de pessoas. Você escuta sua risada pouco escandalosa e sua voz muitíssimo irritante e dentro de você, existe o pensamento que ela é realmente feliz. Mal sabes, meu querido, que ultimamente nada dá certo pra ela. Há pouco, o seu namoro "eterno" acabou de tal forma que nem mesmo ela tem uma explicação pra isso e sua mente se viciou em pensar  em um garoto tão oposto que as vezes, parece algo imaginário. Perdeu um ano letivo por causa da sua saúde nada forte e até pouco tempo pagava à um terapeuta pra saber quem é. Seus amigos tendem a seguir sua vida sem ela e o seu peito transborda de decepções. Sinceramente, ela não tem em quem confiar e de vez em quando ela duvida da sua própria capacidade. Ela deixou de se esconder atrás de livros, ultimamente nem mesmo eles tão ajudando nas explicações. E ela continua sem saber e gostar de se explicar. Pra falar a verdade, ela tá deixando pessoas e sentimentos de lado mesmo quando a vontade é ir atrás e dizer: "Vem cá, eu sinto sua falta.". Ela tá crescendo, crescendo e se escondendo em si mesma. O medo da mentira, o medo da decepção anda impedindo ela de se relacionar com pessoas, preferindo assim suas revistas em quadrinhos. O grande problema talvez seja, que ela ainda seja a mesma, escondida em si própria. Ela criou dentro de si, um escudo, forte o bastante pra não deixar ninguém a devastar de novo. Todas as manhãs, ela coloca o bom e velho sorriso no rosto e parte pra sua pequena jornada diária como se na noite passada ela não tivesse chorado por toda uma vida. Ela cansou de tanta coisa, ela cansou de si própria e resolveu se recolher, de novo. Sem previsão de volta, sem previsão de Sol. Dentro dela, tudo é chuva. E ela vai continuar levando a vida, na sua pequena jornada diária, sem abaixar a cabeça pra ninguém, colocará o sorriso no rosto e não deixará ninguém tirar. Ela tá acostumada com a própria farsa, da sua felicidade irreal."

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

"Entre por essa porta agora,

e diga que me adora, você tem meia hora pra mudar a minha vida. Vem, vambora que o que você demora é o que o tempo leva.. Ainda tem o teu perfume pela casa, ainda tem você na sala. Porque meu coração dispara? Quando tem o seu cheiro dentro de um livro, dentro da noite veloz.."  (Adriana Calcanhoto)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

"Eu te ligo,


no meio da madrugada e escuto sua voz baixa em meio a risadas:
            - Você tá bem?
Eu respiro fundo, esvazio a garganta e fico calada. Por dentro, mil vozes gritam e minha vontade é dizer: "Não.. Infelizmente não. Não sei o que acontece comigo, mas de vez em quando eu choro a noite. E antes que você pergunte o porque, deixa que eu mesma me pergunte.. Eu não sei o porque. Talvez, eu nunca tenha me apaixonado antes, talvez você tenha sido a primeira pessoa e definitivamente, eu não sei lidar com novas paixões. E eu não sei porque eu choro. Eu não sei se é medo, saudade, dependência. Juro, eu não sei mesmo. Eu não sei o que passou na minha cabeça, em te ligar agora pra te falar de um novo amor. Aliás, nem eu mesma sei quão grande a confusão na minha cabeça. Mas você, né.. Você me conhece bem. Ainda existe uma parte minha em você não existe? Então me diz. O que essa parte te diz? Eu to mesmo conseguindo te esquecer? As vezes eu me encolho, acho que eu to fugindo. Paixão me lembra você, me lembra a nós e logo depois, me lembra vazio, um vazio tão grande. Acho que eu to tentando tapar buracos.. É complicado! Talvez você seja a única pessoa capaz de me entender. Sem mais, eu sou incapaz. Não. Não diga que você sabe o meu potencial, você não sabe, você nunca me viu sem você. E nem mesmo eu tinha me visto sem você. Meu bem, eu me perdi, nós nos perdemos. Nadamos tanto, corremos tanto e no fim, naufragamos, nos perdemos em nós mesmo. A palavra seria abandona, ou não, talvez eu tenha me abandonado, comecei deixando você ir. E agora mal sei eu, o que se passa aqui dentro. Eu podia ter ligado pra outra pessoa, mas você ainda é a primeira pessoa que vem na minha mente, quando tudo tá ruim. Só me diz uma coisa: Quanto tempo eu ainda vou ter que aceitar que talvez eu sobreviva, talvez eu me vire sem você?" - E no fim de todos os pensamentos amarrotados, as palavras saem, meio apertadas e abafadas:
          - Eu tô bem.. Me desculpa, eu simplesmente não tinha o que fazer... Te acordei?"

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

"É bom

que você se acostume e que diferente de mim, seja fácil pra você. Que seja fácil pra você se acostumar com a minha ausência. Se acostumar com o meu nor(mal), se acostumar com a minha indiferença. Que seja fácil pra você voltar a sua rotina normal, sem mim. Que seja fácil sorrir sem as minhas piadas mal contadas e as minhas besteiras pela madrugada. Que seja fácil contar algo pra alguém que não seja eu. Espero que você consiga ser feliz sem mim, sem nenhum esforço. Espero que você dê risada com clareza, que ria até chorar, com outro alguém do seu lado. Eu espero que você ame alguém de verdade e que ninguém te faça de bobo. Eu me sentiria mal por você, sim, eu não te desejo mal algum. Eu vou continuar aqui, observando-te de longe, para ainda assim, ver o seu sorriso. Talvez, eu lhe siga algumas vezes no caminho de casa, pra jamais esquecer o seu andar. Talvez, eu te ligue pra escutar sua voz e acabe por dizer: "Não é nada.. É só que.. Eu não tenho o que fazer", mas por dentro, uma voz irá gritar sufocada dizendo repetidamente: "Eu me apaixonei pelos os seus erros. Eu me afastei, mas eu ainda te quero. Eu morro de saudade". E talvez, você entenda pela minha voz chorosa, que a saudade é maior que o meu orgulho bobo, mas que de modo algum, eu vou abrir a guarda, que de modo algum, eu vou deixar você me destroçar por dentro novamente. Eu chorarei por dias, enquanto você sorrirá ao mesmo tempo. Eu lembrarei de enquanto você conversava e beijava e você se lembrará apenas das nossas brigas pequenas. Talvez, você pense em mim um ou duas vezes antes de dormir. E ao escutar o meu nome, sinta lá no fundo, uma pontada de dor misturada com alívio. Enquanto eu, me pouparei de chorar em frente ao outros, pra chorar na minha cama lembrando de como tudo era mais fácil, antes que eu me apaixonasse realmente por você. É bom que eu me acostume a sua ausência, pois ela está tão mais próxima de mim, do que o seu amor absoluto."

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

"Se quiseres verdades,

eu lhe darei. Se quiseres amor, eu lhe darei. Se quiseres a mim, eu lhe darei, sem ao menos reclamar, sem ao mesmo questionar, eu apenas lhe darei, tão rápido a ponto de você não ter escapatória. Tão rápido a ponto de você não ter duvidas, que só existe eu, capaz de lhe proporcional tantas coisas. Que só existe a mim, capaz de lhe colocar no topo de todas as listas, lhe fazendo assim, sentir tão importante a ponto de ser tornar o ser humano mais egocêntrico do planeta Terra. Eu não me importaria, eu não me importaria com hora, dia ou local. Eu me importaria em ter você, a todo momento, eu me importaria em não largar de você, em te cuidar, te proteger, te ter por perto. Eu curaria todas as suas feridas, não lhe deixaria sofrer nenhum mal, seria apenas eu e você, num mundo pouco imaginado, um mundo que eu criaria só por você. Sim, eu criaria um mundo por nós, eu sobreviveria aos meus maiores medos, se fosse isso que você quisesse. Eu sou capaz de tudo, aliás, sempre fui e por você, eu me tornaria duas vezes mais. Não importa quão grande seja o desafio, a subida, a estrada, a distância, eu continuaria a subir, a andar, a percorrer, por você. E quão grande idiota sou eu, em pensar que você também seria capaz de fazer tudo isso por mim."