Olha, moço, minha vida anda tão confusa. Não, eu sei que isso não é novidade nenhuma. Eu, como sempre, sou uma estação de trem. Chegadas e partidas, são essenciais. Também, não recuso uma recaída, essas coisas de voltar sempre me fascinaram. Gosto de coisas que não morrem, não secam, não somem... Gosto de coisas que renascem, revivem. Essas coisas de reviravoltas, idas e voltas.
Aprendi com o tempo que, quando é de verdade mesmo, moço, não importa quantas horas, dias, meses, semanas e anos demorem a passar, aquilo que é seu, sempre volta... Volta pra dá um chamego, um cheiro, um abraço e, eu estou precisando de um cheiro de verdade passando por aqui... Um cheiro real, feliz. Porque, ultimamente eu tenho vontade de gritar:
"O amor está tão parado.
A vida tão cara.
As paixões tão cansadas.
Alguém aí, me mande algum sinal.
De amor.
De raiva.
De verdade.
Bem real!!"
A vida tão cara.
As paixões tão cansadas.
Alguém aí, me mande algum sinal.
De amor.
De raiva.
De verdade.
Bem real!!"
Não é tristeza não... Sabe, moço? Eu já amei demais, amei tanto que pensei que não fosse sobrar mais nada mas, o amor sempre revive... Sempre dá um jeito de sorrir pra gente no meio da multidão. Sempre dá um jeito de gritar no meio de uma música alta. Sempre aparece quando é necessário aparecer.
É, moço... Sinto falta de amor, porque amar, eu amo, viu? E amo tanto, tanto e tanto, que morro todas as noites e renasço todos os dias. Respiro, como e bebo o amor e olha, não é fácil ser romântica no século 21.
É capaz que o amor suma, assim como a água em São Paulo.
É capaz que o amor suma, assim como a água em São Paulo.
São tempos de seca lá fora... Falta a(mar), falta amor, falta ser.