Deve ser o ar diurno paulista nos seus pulmões, a correria de uma estação à outra do metrô, o livro velho, que você lê como se fosse o maior lançamento do século no ônibus ou o café que você toma pela manhã, para recuperar o fôlego.
As novidades surgem e do nada, você se encontra em meio uma rua movimentada, com pessoas diversas, que te olham, sorriem e parecem te conhecer, mas não, ninguém te conhece. Logo, você está numa livraria com o melhor cheiro do mundo, com cheiro de páginas velhas e novas, se misturando como água e sal, cheiro de história, cheiro de aventura, cheiro de romance.
Você olha São Paulo movimentada em plena 9 horas da manhã, do sétimo andar, com o sol estalando no alto do céu e o vento beijando as árvores incansavelmente e ai, você descobre que o Criolo está completamente errado; Existe amor em SP, existe amor no Beco da Augusta, no MASP na Paulista, no Villa Lobos, no Ibirapuera, na Marginal Pinheiros, na 25 movimentada, na Sala São Paulo e na Praça da Sé.
Existe amor pelo o vento que beija a nossa pele, pelo o sol que nos dá bom dia, pelas ruas movimentadas que nos faz querer ter vida. Digo, repito, insisto e até grito, que se não existe amor em SP, eu não sei o que eu sinto quando saiu pelas ruas caminhando, cambaleando, tropeçando e respirando o ar leve, urbano e sofisticado que existe aqui. Se não existe amor, me diga, o que é que me faz permanecer aqui?